quarta-feira, 11 de maio de 2016

Rosa dos Ventos

Está presente na biblioteca a exposição Faz-se luz…sobre a Rosa dos Ventos, uma atividade promovida pela professora de Geografia em colaboração com a biblioteca escolar que tem o prazer de a divulgar. Foram muitos e extraordinários os trabalhos realizados pelos alunos. 
Também foi lido e exposto o poema Rosa dos ventos de Almada Negreiros.
Eis o poema e alguns exemplos da roas dos ventos elaborada pelos alunos do 7º ano
   

Rosa dos ventos
 
 Não foi por acaso que o meu sangue que veio do sul
  se cruzou com o meu sangue que veio do norte
 não foi por acaso que o meu sangue que veio do oriente
 encontrou o meu sangue que estava no ocidente
não foi por acaso nada do que hoje sou
desde há muitos séculos se sabia
que eu havia de ser aquele onde se juntariam todos os sangues da terra
e por isso me estimaram através da História
 ansiosos por este meu resultado que até hoje foi sempre futuro.
  (…)
  José de Almada Negreiros




 
        
 
 

 

terça-feira, 10 de maio de 2016

Concurso "Uma aventura Literária"


A ação “Salpicos de Cor” recebeu esta mensagem do concurso “Uma Aventura Literária” que nos deixou a todos muito satisfeitos:
“A Editorial Caminho tem o prazer de informar que ao trabalho dos alunos Afonso Pereira; Enzo Novo; Filipa Neto; Lucas Torre e Miguel Santos foi atribuído o 2.º Prémio, ex-aequo, na modalidade de Crítica no Concurso Uma Aventura... Literária 2016. Muitos parabéns!”
Aqui fica o seu trabalho assim como umas fotos dos felizes premiados da EB1 de Fieiros do Mar...


 
Estes alunos fizeram uma crítica ao livro que leram, vejam a capa do livro e o trabalho realizado com o qual obtiveram o prémio.
 
 
EB1 de Fieiros do Mar – Castelo do Neiva / Viana do Castelo
                                                        Crítica ao livro “Há Fogo na Floresta”
 
Acabámos de ler o livro “Há Fogo na Floresta”. É um livro interessante e muito informativo. Contém duas histórias e muita informação sobre a floresta.
Com estas histórias aprendemos como é a vida e como nos podemos tornar pessoas melhores. É sempre bom fazermos novos amigos, sem nos esquecermos daqueles que já temos e apoiá-los quando for necessário, principalmente ser solidário nos momentos mais difíceis. Foi assim que aconteceu com a família de coelhos que se ia mudar para uma nova toca na árvore mais bonita que conheciam. Os coelhinhos não sabiam e tiveram uma agradável surpresa – como eles, também nós gostamos de melhorar a nossa vida e de ter boas surpresas. Como os seus novos vizinhos, também nós devemos conversar para resolver ou decidir quando temos opiniões diferentes. Porém, aconteceu que uma família de pessoas, num piquenique, fez uma fogueira e foi-se embora deixando algumas brasas ainda acesas. Este comportamento foi descuidado e muito irresponsável. Provocou um grande incêndio que alastrou e destruiu toda a floresta. Ainda bem que ninguém se magoou. Não nos agradou o final desta história. Desta vez o final não foi totalmente feliz pois, apesar de ninguém se ter magoado, a floresta ficou destruída e os animais ficaram sem o seu lar. Para que esta floresta se renove, demorará muitos anos.
Já a segunda história teve um final que nos agradou mais. Apesar das suspeitas de que um grupo de pessoas ia provocar um incêndio de propósito, afinal tudo não passou de um mal-entendido, pois as pessoas eram sapadores florestais e estavam apenas a limpar a mata para prevenir algum incêndio. Além disso, esta história contém uma aventura que nos captou fortemente a atenção: a exploração da casa e da quinta mas, principalmente, a descoberta da pedra oca, com uma mensagem intrigante lá dentro. Foi uma aventura fantástica!
Para além destas duas belas histórias, este livro ainda contém imensas informações sobre a floresta do nosso país, muitas das quais são novidade para nós: algumas espécies de árvores, arbustos, fungos e animais – cada um com um habitat próprio ao qual está adaptado. É bastante educativo. Foi chocante para nós descobrir que, por cada segundo que passa, desaparecem dez mil metros quadrados de floresta. Custou-nos muito a acreditar. A este ritmo não sabemos como ainda há florestas no nosso planeta. Quando crescermos e formos adultos e se formos políticos ou outras pessoas com poder, vamos fazer tudo o que pudermos para preservar as florestas. É nosso dever retribuir aquilo que a floresta faz por nós.
Para além dos estragos provocados pelo Homem, descobrimos que há outras pragas, sobretudo de alguns animais, como as lagartas do pinheiro, que fazem adoecer ou matam as plantas. Para evitar tudo isto, a floresta deverá ser sempre muito bem cuidada, fazendo-se cumprir todas as regras de segurança. Os bombeiros são os grandes heróis da floresta.
Em jeito de conclusão, este livro, para além de nos divertir com as suas histórias, foi bastante esclarecedor para todos nós, pois mudou em grande parte a nossa perspetiva sobre a floresta.
 Afonso Pereira, Enzo Novo, Filipa Neto, Lucas Torre e Miguel Santos – 4.º ano
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Leituras partilhadas


No decorrer do mês de abril, os alunos do 6º ano deslocaram-se à biblioteca para apresentar aos alunos do 5º e 4º anos as leituras que eles realizaram e que pretenderam partilhar com os colegas. Através de PowerPoint, documento em word, filmes, documentário ou simplesmente com o livro na mão, cada um falou do seu livro, falando do autor, personagens, espaço ou frases que o marcaram e que deseja, desta forma, comentar com o público presente. Foram momentos de descobertas e de grande entusiasmo.
Vejam com tudo aconteceu

domingo, 1 de maio de 2016

MÃE

Para celebrar o dia da Mãe...

O dia da Mãe
 Este dia tem a forma
de um beijo e de um abraço,
Mesmo quando a mãe chega
Vergada pelo cansaço
e lhe pomos ao pescoço
O colar do nosso afeto
que, mesmo não sendo de ouro,
será sempre o predileto.
Este dia tem a forma
de borboleta e de flor
e a doçura da carícia
que tempera o nosso amor.
José Jorge Letria


Para Sempre
Por que Deus permite
 que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
 puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
 é eternidade.
 Por que Deus se lembra
— mistério profundo —
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
 Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
 será pequenino
feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrade, in 'Lição de Coisas'




Mãe:

 Que desgraça na vida aconteceu,
 Que ficaste insensível e gelada?
Que todo o teu perfil se endureceu
Numa linha severa e desenhada?

Como as estátuas, que são gente nossa
Cansada de palavras e ternura,
Assim tu me pareces no teu leito.
Presença cinzelada em pedra dura,
Que não tem coração dentro do peito.

 Chamo aos gritos por ti — não me respondes.
 Beijo-te as mãos e o rosto — sinto frio.
 Ou és outra, ou me enganas, ou te escondes
Por detrás do terror deste vazio.

 Mãe:
Abre os olhos ao menos, diz que sim!
 Diz que me vês ainda, que me queres.
 Que és a eterna mulher entre as mulheres.
Que nem a morte te afastou de mim!

Miguel Torga, in 'Diário IV'