segunda-feira, 23 de abril de 2012

Revolução dos cravos-Abril 1974



O cravo vermelho tornou-se o símbolo da Revolução de Abril de 1974. Segundo se conta, foi uma florista de Lisboa que iniciou a distribuição dos cravos vermelhos pelos populares que os ofereceram aos soldados. Estes colocaram-nos nos canos das espingardas. Por isso se chama ao 25 de Abril de 74 a "Revolução dos Cravos"

A canção" E depois do Adeus" de Paulo de Carvalho, foi o primeiro suinal para o inicio da ação militar.
A canção "Grandola Vila Morena "de José Afonso foi a confirmação das operações que se iniciavam 

Manuel Alegre escreveu o seguinte:
Foram dias foram anos a esperar por um só dia.
Alegrias. Desenganos. Foi o tempo que doía
com seus riscos e seus danos. Foi a noite e foi o dia
na esperança de um só dia.

Foram batalhas perdidas. Foram derrotas vitórias.
Foi a vida (foram vidas). Foi a História (foram histórias)
mil encontros despedidas. Foram vidas (foi a vida)
por um só dia vivida.

Foi o tempo que passava como se nunca passasse.
E uma flauta que cantava como se a noite rasgasse
toda a vida e uma palavra: liberdade que vivia
na esperança de um só dia.

Musa minha vem dizer o que nunca então se disse
esse morrer de viver por um dia em que se visse
um só dia e então morrer. Musa minha que tecias
um só dia dos teus dias.

Vem dizer o puro exemplo dos que nunca se cansaram
musa minha onde contemplo os dias que se passaram
sem nunca passar o tempo. Nesse tempo em que daria
a vida por um só dia.

Já muitas águas correram já muitos rios secaram
batalhas que se perderam batalhas que se ganharam.
Só os dias não morreram em que era tão curta a vida
por um só dia vivida.

E as quatro estações rolaram com seus ritmos e seus ritos.
Ventos do Norte levaram festas jogos brincos ditos.
E as chamas não se apagaram. Que na ideia a lenha ardia
toda a vida por um dia.

Fogos-fátuos cinza fria. Musa minha que cantavas
a canção que se vestia com bandeiras nas palavras.
Armas que o tempo tecia. Minha vida toda a vida
por um só dia vivida.
Manuel Alegre

Sophia Andresen escreveu dois poemas sobre este acontecimento
 
25 de Abril

Esta é a madrugada que eu esperava
0 dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo


Revolução

Como casa limpa
Como chão varrido
Como porta aberta


como puro inícío
Como tempo novo
Sem mancha nem vício


Como a voz do mar
Interior de um povo


Como página em branco
Onde o poema emerge


Como arquitectura
Do homem que ergue
Sua habitação


Sophia de Mello Breyner Andresen in O nome das coisas (I – II) 1977


Dia Mundial do Livro 2012

O Dia Mundial do Livro é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril. Trata-se de uma data simbólica para a literatura, já que, segundo os vários calendários, neste dia desapareceram importantes escritores como Cervantes e Shakespeare. A ideia da comemoração teve origem na Catalunha: a 23 de Abril, dia de São Jorge, uma rosa é oferecida a quem comprar um livro. Mais recentemente, a troca de uma rosa por um livro tornou-se uma tradição em vários países do mundo.

A proveitando a celebração do Dia Mundial do Livro, a Direção-Geral do Livro e das Bibliotecas propõe o passatempo "Avô, como era no teu tempo" Este passatempo dirige-se a alunos  entre os 9 e os 13 anos e pretende estimular o diálogo entre gerações, visando ao mesmo tempo a recolha de memórias dos mais velhos através do olhar dos jovens.


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Contornos da palavra

Realiza-se entre os dias 16 e 21 de abril a iniciativa Contornos da Palavra, promovida pela biblioteca municipal de viana do Castelo e durante a semana houve momentos culturais em todas as escolas do agrupamento.
Seguem os livros que o escritor Pedro soremenho apresentou na eb1 de Chafé
Pedro Seromenho
Pedro Seromenho Rocha, de nacionalidade portuguesa, nasceu sob a constelação de gémeos em 1975, na cidade de Salisbúria (Harare), República do Zimbabué. Com apenas dois anos de idade fixou-se em Tavira e mais tarde em Braga, onde actualmente reside. Embora formado em Economia, Pedro Seromenho dedica-se inteiramente a escrever e a ilustrar livros para várias editoras nacionais e brasileiras.

sábado, 14 de abril de 2012

2ª fase do Concurso Nacional de Leitura

Realizou-se, hoje, dia 14 de Abril de 2012, pelas 13h30,  na biblioteca municipal de Valença, a  2ª fase do concurso nacional de leitura. Os alunos  Liliana Viana do 7º D, João Pedro Sousa do 9º C e Stephane Ferreira do 9º B participaram na prova distrital do referido concurso onde prestaram os seus conhecimentos sobre as duas obras de leitura obrigatória, a saber: Zorro: o começo da lenda de Isabel Allende e Para maiores de dezasseis de Ana Saldanha. Num primeiro momento,  os alunos realizaram uma prova escrita, de carácter  eliminatória. A etapa seguinte foi realizada pelos 5 alunos apurados na primeira prova. Assim,  dos cem alunos que representavam as diferentes escolas do distrito de Viana do castelo, foi apurado para a fase seguinte o aluno Stephane Ferreira do 9º B que realizou em palco a prova oral. Nesta prova, o aluno ficou em terceiro lugar e não irá a fase final. Contudo, a escola e colegas ficaram muito orgulhosos da sua prestação.


Sinopse
Califórnia, ano de 1790: começa uma aventura numa época fascinante e turbulenta, com personagens cativantes e de espírito indômito, e um homem de coração romântico e temperamento firme chamado Diego de la Vega... o Zorro. Isabel Allende, autora de grandes sucessos internacionais como A Casa dos Espíritos, De Amor e de Sombra, Paula e Cidade das Feras, lança mão de seu talento literário para narrar a história do maior e mais famoso herói de todos os tempos. Zorro - Começa a Lenda é uma aventura sem igual, que encantará leitores de todas as gerações. A autora resgata a figura do cavaleiro mascarado e, com ironia e sensibilidade, cria um personagem superior à própria lenda.
Aventureiro, apaixonado, intrépido e brincalhão. É a lenda do Zorro. E esta é a crônica de uma vida extraordinária em tempos excepcionais: a de Diego de la Vega... despojado de sua máscara. Um relato que começa no ano de 1790, em terras da Alta Califórnia, quando um jovem capitão espanhol se apaixona por uma índia de alma rebelde.
Zorro é o retrato de personagens de carne e osso, com virtudes e fraquezas, sensíveis e impetuosos, que nos arrastam em suas aventuras através de uma época vibrante. Com sua habitual maestria, Isabel Allende nos revela a vida simples das missões espanholas na Califórnia no início do século XIX e a agitação nas ruas de uma Barcelona ocupada pelas tropas napoleônicas em plena Guerra da Independência; os ritos de iniciação das tribos indígenas e os mistérios para ter acesso a uma sociedade secreta européia; a espiritualidade de um código de honra sem fronteiras e as contradições da alma humana... Zorro - Começa a Lenda, de Isabel Allende, é uma aventura como as de antigamente


Sinopse
O tema central do livro, embora delicado, é extremamente actual: uma rapariga de 15 anos que se envolve com um homem de 29 anos. A protagonista feminina, Dulce, é uma "Lolita" do século XXI: rapariga adolescente, antes uma criança gordinha, que se reinventa fisicamente mas que altera também o seu interior para se adaptar às pessoas com as quais se cruza. Emocionalmente uma criança, mas com corpo de mulher, utiliza o poder que a sociedade lhe dá para seduzir um homem adulto sem pensar nas consequências. O protagonista masculino, Eddie, não é exactamente o «Lobo Mau», mas veste muito a pele de cordeiro: mais velho, mais experiente, é nitidamente um efebófilo. Sente o medo de ser apanhado em falta e a ilegalidade da situação, mas está viciado na excitação, no perigo e na adoração dela.

terça-feira, 3 de abril de 2012

DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL - 2 de Abril

Em Portugal,  para assinalar o Dia Internacional do Livro Infantil, a DGLB ( Direção Geral Dos Livros e das Bibliotecas) publicou um cartaz da autoria de Yara Kono, vencedora do mais recente Prémio Nacional de Ilustração.

Na mensagem oficial do Dia Internacional do Livro Infantil, que se celebra esta  segunda-feira lê-se que os contos são "fecundos e imortais", porque perduram no tempo, em especial os da tradição oral.


Este ano a mensagem é assinada pelo poeta mexicano Francisco Hinojosa  e intitula-se "Era uma vez um conto que contava o mundo inteiro" e foi divulgada em mais de 70 países pelo Conselho Internacional sobre Literatura para os Jovens (IBBY), do qual Portugal faz parte desde 2011.
O IBBY criou o Dia Internacional do Livro Infantil em 1967, em honra do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, cujo aniversário do nascimento é assinalado a 2 de abril.
A redação da mensagem desta efeméride é anualmente atribuída a um país membro do IBBY