A Propósito de uma efeméride
nobre Povo/Nação Valente!
São belas aquelas palavras do Hino
Nacional. Palavras que assumem pleno sentido face aos acontecimentos de 1640.
Naquela gloriosa manhã do 1º dia do mês de
dezembro, interpretando o sentimento geral da população, um grupo de nobres,
conhecidos pelos “40 Conjurados”, proclama a “Restauração” de Portugal.
Terminava o chamado “cativeiro da Babilónia português”, expressão
frequentemente usada para, numa alusão ao cativeiro dos judeus na Babilónia,
definir os 60 anos do domínio filipino em Portugal.
Nesse memorável dia, Portugal voltava a
ter um rei português: D. João, Duque de Bragança. O neto daquela Dª Catarina de
Bragança que, em 1580, vira os seus direitos ao trono português atropelados
pelo poderio militar de Filipe II de Espanha.
Os 28 anos que se seguiram foram tremendos!
Nas grandes batalhas de Linhas de Elvas, Montes Claros, Castelo Rodrigo, Ameixial
e Montijo escreveram-se, com sangue, suor e muitas lágrimas, algumas das
páginas mais notáveis da História portuguesa. Igualmente se escreveram em
confrontos de menor dimensão, mas não de menor valor. É o caso dos “Combates de
Travanca” travados a 9 e 10 de agosto de 1662, na localidade de Travanca, concelho
de Ponte de Lima, em que as tropas minhotas conseguiram vencer e expulsar, com
pesadas perdas, um exército inimigo oriundo da Galiza.
A Restauração, verdadeiro símbolo da
reafirmação da identidade nacional portuguesa deixou, recentemente, a meu ver
de forma infeliz, de ser feriado nacional. Por este facto, os grupos
disciplinares de História e Geografia de Portugal e História da Escola Básica
da Foz do Neiva resolveram comemorar, com a dignidade possível, os 375 anos do
acontecimento.
No quadro da comemoração supracitada,
realizou-se uma exposição biográfica com trabalhos executados pelos alunos,
abarcando três grandes temáticas da Restauração: política, diplomacia e defesa.
Além desta exposição, foi também lido, em todas as turmas, um curto texto
alusivo à reconquista da alma portuguesa.
A terminar aqui se deixam os nossos agradecimentos
a todos os alunos do 5º, 6º e 8º ano, que colaboraram com os seus trabalhos.
Igualmente se agradece, pela colaboração prestada, à Biblioteca Escolar, bem
como ao professor Carlos Pacheco, pelo empréstimo da sua “preciosa” bandeira da
Restauração.
Manuel Morais
em Lisboa
Sem comentários:
Enviar um comentário