terça-feira, 1 de dezembro de 2015

1º Dezembro- dia da Restauração da Independência


A Propósito de uma efeméride
 

          nobre Povo/Nação Valente!

          São belas aquelas palavras do Hino Nacional. Palavras que assumem pleno sentido face aos acontecimentos de 1640.

          Naquela gloriosa manhã do 1º dia do mês de dezembro, interpretando o sentimento geral da população, um grupo de nobres, conhecidos pelos “40 Conjurados”, proclama a “Restauração” de Portugal. Terminava o chamado “cativeiro da Babilónia português”, expressão frequentemente usada para, numa alusão ao cativeiro dos judeus na Babilónia, definir os 60 anos do domínio filipino em Portugal.

          Nesse memorável dia, Portugal voltava a ter um rei português: D. João, Duque de Bragança. O neto daquela Dª Catarina de Bragança que, em 1580, vira os seus direitos ao trono português atropelados pelo poderio militar de Filipe II de Espanha.

          Os 28 anos que se seguiram foram tremendos! Nas grandes batalhas de Linhas de Elvas, Montes Claros, Castelo Rodrigo, Ameixial e Montijo escreveram-se, com sangue, suor e muitas lágrimas, algumas das páginas mais notáveis da História portuguesa. Igualmente se escreveram em confrontos de menor dimensão, mas não de menor valor. É o caso dos “Combates de Travanca” travados a 9 e 10 de agosto de 1662, na localidade de Travanca, concelho de Ponte de Lima, em que as tropas minhotas conseguiram vencer e expulsar, com pesadas perdas, um exército inimigo oriundo da Galiza.

          A Restauração, verdadeiro símbolo da reafirmação da identidade nacional portuguesa deixou, recentemente, a meu ver de forma infeliz, de ser feriado nacional. Por este facto, os grupos disciplinares de História e Geografia de Portugal e História da Escola Básica da Foz do Neiva resolveram comemorar, com a dignidade possível, os 375 anos do acontecimento.

          No quadro da comemoração supracitada, realizou-se uma exposição biográfica com trabalhos executados pelos alunos, abarcando três grandes temáticas da Restauração: política, diplomacia e defesa. Além desta exposição, foi também lido, em todas as turmas, um curto texto alusivo à reconquista da alma portuguesa.

          A terminar aqui se deixam os nossos agradecimentos a todos os alunos do 5º, 6º e 8º ano, que colaboraram com os seus trabalhos. Igualmente se agradece, pela colaboração prestada, à Biblioteca Escolar, bem como ao professor Carlos Pacheco, pelo empréstimo da sua “preciosa” bandeira da Restauração.

Manuel Morais
 
Obelisco comemorativo da restauração da independência
em Lisboa

Sem comentários:

Enviar um comentário